quarta-feira, junho 25, 2008

Educação - a língua portuguesa ...

Meus Amigos,
Participei numa conversa informal, hoje de manhã, durante um pequeno passeio à beira-mar.
Os meus parceiros de passeio e conversa acharam bem falar-se de algo diferente da política, que já enjoa ...
Bem, veio o tema "educação", no seu mais lato domínio.
De entre as várias ideias e aspectos abordados saliento a que tanta polémica tem levantado: a questão da língua portuguesa, ( mal ) falada e ( mal ) escrita, quando usada pelos filhos e netos.
Ora, é suposto aprenderem as respectivas matérias nos vários níveis escolares que vão frequentando, desde a pré-primária até às universidades.
Cada um de nós, além de manifestar os seus sentimentos e apreensões, apresentou exemplos que podem retratar o cenário em que vivem os filhos e netos, na matéria em questão. Simplesmente, extraordinário !...

Falou-se na má preparação dos pais, para acompanhamento dos filhos, quer no período anterior à entrada nas escolas, quer no seu acompanhamento após entrada nas mesmas.
No entanto, esses pais já passaram pelas escolas. Logo, sofrem do mesmo mal ...
Falou-se no facilitismo e comodismo dos pais, quando empurram os filhos para os ginásios, tempos livres, academias, computadores, psicólogos, etc., pois não têm disponibildade para os filhos - chegam tarde e cansados do trabalho, como se sabe, restando-lhes o fim-de-semana, quando não têm que preparar trabalhos profissionais para a semana seguinte.
Falou-se dos próprios professores, que também têm a sua vida privada e que passam pelo mesmo, com os próprios filhos.
Falou-se dos pais que tiveram matérias que, entretanto, sofreram alterações / actualizações e não estão à altura de acompanhar os filhos, nas novas matérias.
Falou-se nos pais que são sobrecarregados com despesas extra, em explicações ou salões de estudo, de forma a minimizar as lacunas originadas nas escolas.
Falou-se na contribuição desses pais, nas suas actividades, para a riqueza do país, com a qual se paga um Ministério da Educação.
Falou-se nas dificuldades de certos professores, pois exercem a profissão sem vocação, estímulo ou, até, preparação para o efeito. A propósito, há uns bons anos, amigos e colegas diziam que os filhos, licenciados nisto e naquilo, como não conseguiam colocação nas respectivas áreas de formação académica, pelas limitações do mercado de trabalho, «lá tinham que ir para o ensino...»
Falou-se na influência da língua portuguesa falada / escrita em outros países, que levou a mais um acordo, por força das circunstãncias ...
Falou-se nas reestruturações tardias, considerando o seu nível de prioridade e reconhecida importância.
Falou-se na eventualidade de o cenário e ambiente nas escolas não ser o mais adequado à aprendizagem, nomeadamente, da língua portuguesa, começando pelos próprios professores.
Falou-se nos resultados que se apresentam, face aos objectivos. Se não satisfazem, razoavelmente, algo está mal. Então, há que corrigir, alterar, mudar, reestruturar. É assim, em qualquer simples unidade de produção de bens ou serviços ...

Enfim, pano para mangas, mas não houve tempo para mais ...
Continuará numa próxima oportunidade ...
adolfo cruz