domingo, maio 31, 2015

Recondução de Carlos Costa como Governador do Banco de Portugal


Meus Amigos,
Naturalmente, estamos de acordo com a ideia de que não é, apenas, mais um cargo de Estado, mas um importante cargo determinante de uma boa gestão de avaliações, recomendações, orientações e decisões a alto nível do Estado.

Como sabemos, uma das tarefas do Banco de Portugal passa pela supervisão/fiscalização da actividade financeira nacional, no sentido do cumprimento das regras comportamentais.

E ninguém tem dúvidas das funções e missões de cada componente do Estado.

Assim, a selecção e nomeação da sua estrutura humana deverá ser alvo do máximo cuidado e isenção, tanto mais que, além de serviço público, constitui um factor de credibilidade internacional.

Reconheço que é uma posição de grande responsabilidade e bastante delicada, pelo que deverá ser alvo de redobrada atenção, sempre que em tempo de nomeação.

Apesar de reconhecer que não seria a melhor altura para mudar de Governador, dadas as circunstâncias conhecidas, embora possamos/devamos atribuir estas circunstâncias a um deficiente desempenho do Banco de Portugal - não cumpriu a sua missão - ainda continuo com algumas dúvidas sobre esta recondução.

Pelo meu percurso de vida e de tudo o que vou apreciando, no dia a dia, permito-me dizer que, quando uma estrutura ou parte dela não cumpre a missão que a justifica, não oferece segurança e confiança à organização, seja qual for a sua dimensão, deverá ser sujeita a uma natural correcção, tanto mais quanto o seu estatuto se enquadre em serviço público, enfim, condicione o bem estar de uma sociedade.