quinta-feira, março 06, 2014

Director de serviço e médico do Santa Maria apanhados a "trabalhar" à mesma hora em sítios diferentes



Processo já está na Inspecção-Geral de Saúde.
Director de serviço de Cirurgia Plástica pediu licença sem vencimento.
O director de serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Santa Maria (HSM), Manuel Silva, e o médico João Branco foram apanhados a trabalhar à mesma hora em sítios diferentes.
De acordo com a documentação a que o i teve acesso, as situações detalhadas em que os dois médicos supostamente estariam de urgência no HSM mas, na realidade, estavam a dar consultas ou a operar doentes na Maternidade Alfredo da Costa (MAC), clínica da Cruz Vermelha Portuguesa e no hospital CUF Descobertas são inúmeras e decorreram ao longo dos anos de 2011 e 2012.

( i João D' Espiney - 6Mar2014 )
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Meus Amigos,
Casos como este, como é sabido,  já existem há muitos e muitos anos, aliás, desde sempre, sem exagero.
Titulares de cargos públicos, em todos os setores da Administração Pública e afins, usam as facilidades da organização dos Serviços, de uma forma ou de outra, para  "o dom da ubiquidade".
Não falo de ouvido ou porque li aqui ou ali, mas com conhecimento de causa, pela experiência de muitos anos na minha atividade, privada, mas que requeria ligações a setores do Estado, nomeadamente, devido à Tutela dos Ministérios da Indústria e Finanças, depois, apenas Finanças.
Vivi experiências pessoais, antes e depois do 25.
Nas reuniões com gentes dos Ministérios e Secretarias de Estado, Direções Gerais, Repartições, Alfândegas, etc., era normal a ausência de responsáveis, cuja participação e assinatura (visto) eram indispensáveis, mas o sistema instalado em nada os obrigava - não estavam, pois tinham os seus interesses lá fora, assim me respondiam outros responsáveis.
Também a nível da Autarquia o sistema que imperava era o de dar seguimento aos assuntos, mas com a contrapartida de envelopes recheados ou grandes prendas, caso contrário ficavam os dossiers amontoados em cima das secretárias.
Entretanto, as empresas criadoras de emprego e riqueza eram obrigadas a suspender ou protelar os seus projetos e investimentos pela burocracia e sistema instalados.
No meu caso, a minha entidade patronal gerava contribuições e impostos que representavam na ordem dos 7 % do Orçamento Geral do Estado.
É assim, o Estado que temos tido e ainda temos, sem perspectivas de mudança radical e séria !...
 

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